2 de jun. de 2014

A violência de uma sociedade desumana

Não há como negar que o mundo é violento, em todo lugar há violência, o simples fato de caminhar na rua por alguns minutos já revela dezenas de cenas violentas. Encontra-se pessoas ignoradas pela sociedade, brigas no transito, trabalhadores sendo impostos a situações vergonhosas e desumanas de trabalho. A população já está acostumada a isso, esse mal que corroí a sociedade já esta tão presente que por vezes parece banal. Isso traz um grande questionamento, será que a violência está sendo combatida da melhor forma?
Poucas semanas atrás vivemos algumas situações violentas que chamaram a atenção da sociedade uberabense, os confrontos entre policiais e bandidos se agravaram e a população ficou aflita, muitos não saíram de casa, outros somente iam ao trabalho e voltavam correndo para casa, a sensação de que algo estava para explodir era eminente e o medo se instalou nos lares das famílias da cidade. Graças a um sistema prisional ineficiente, uma segurança publica esdrúxula, uma cultura errada da sociedade e milhares outros fatores que influenciam esse mal. Tudo isso é reflexo de uma sociedade que vive em meio à violência há muito tempo, mas realmente a compreendemos para podermos combater essa violência? Não será possível elimina-la, mas podemos estuda-la mais a fundo, entende-la para nos armarmos contra ela e agirmos logo, pois a situação é alarmante.
Ser violento não é difícil, quer ver? Olhe a sua volta, provavelmente não encontre violência explicita dentro de seu trabalho, de sua escola ou de sua casa, se encontra então você faz parte dos milhões de brasileiros que encontram violência exatamente nestes lugares, lugares que deveriam ser tranquilidade, amor e paz. Você realmente se importa? Incluídos neste grupo de milhões de brasileiros encontramos uma grande parcela de crianças, esses seres indefesos que muitas vezes se veem em meio a tanta sujeira, mas nem sequer são capazes de se questionar de o porquê isso acontece justamente com eles, porquê de não terem o mínimo que um ser humano necessita para viver. Isso faz diferença para você? Melhor, isso muda a nossa vida? Ao nos depararmos com essas situações mudamos nosso modo de viver para tentar ao menos amenizar ou ajudar esses irmãos de pátria que sofrem tanto? Na verdade não. Por vezes damos de ombro e dizemos: não é comigo mesmo. Isso é violência, pode parecer estranho, mas isso é sim violência. A sociedade vive afundada até o pescoço na violência que nem sequer percebemos que nos tornamos violentos há muito tempo.
Casos e mais casos de agressividade dentro das famílias, das escolas, dos relacionamentos e tudo isso é resultado de uma sociedade que tenta jogar essa violência para baixo do tapete, isso é extremamente grave. É claro que há pessoas que veem isso e lutam para mudar esta situação, tem sim uma pequena parcela da sociedade que se importa com os outros tanto quanto consigo mesmos. Essa pequena parcela está fazendo sua parte, mas é tão pequena que não consegue resultados de grandes proporções.
Para alcançar grandes resultados necessitamos de uma grande parcela da sociedade envolvida, é necessária a percepção de que o foco está errado, insistir no mesmo erro é burrice, se não conseguimos diminuir a violência é claro que estamos errando. O governo pratica violência de mesma proporção ao ignorar as reais necessidade do povo e julgar mais necessário ganhar rios de dinheiro em beneficio de um país que não existe, onde está o país que prospera com a quantidade absurda de dinheiro que é arrecadado com os impostos cobrados anualmente? Sem falar sobre as outras centenas de falcatruas encontradas do poder publico.

É preciso mudar o foco, necessitamos urgente de uma cultura não violenta, de estratégias de implantação de comportamentos pacíficos, que nos devolva nossa humanidade. Assim será possível alterar a mentalidade de uma sociedade cega e traze-la de volta a realidade, mudando assim os comportamentos violentos e transformando-os em comportamentos pacíficos, comportamentos de seres humanos de verdade.

Escrito por Felipe Augusto e Jefferson Telles para trabalho de Psciocologia da Professora Janete Tranquila 3º Semestre Publicidade e Propaganda - Uniube 2014

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